sexta-feira, 20 de junho de 2014

NÃO VENDA JILÓ

Muitos me perguntam: "Qual é o melhor negócio para montar?". Sempre fico sem resposta. Pois, na minha cabeça, não exite o melhor negócio. Acredito que o melhor negócio é aquele em que a pessoa mais se identifica, é aquele em que a pessoa vai "dar a alma" para fazer acontecer.

Não venda jiló, se você odeia. E se você gosta de jiló, cuidado, nem tudo que a gente gosta é um bom negócio. A probabilidade de consumidores que gostam de jiló é muito baixa, por isso, se quiser realmente vendê-lo, ao menos diversifique o seu negócio. Se é casado com um jiló, ou seja, com uma pessoa que você não ama, saiba que tem tudo para dar errado. Se está em um emprego jiló, o toque do despertador já tem um significado: desanimo. 

Assim é a vida jiló. Mas que poderia colocar qualquer outro alimento, ou produto, que eu e a maioria da população não gosta. Entenda que jiló, é aquilo que você não gosta.

Eu mesmo, em uma fase da vida, tive o momento jiló. Muito novo, é verdade, com aproximadamente 16 anos, passei no vestibular, de um curso que achava que esse seria o melhor negócio. Aliás, faculdade geralmente é isso. Se entramos muito novo, na maioria das vezes optamos pelo melhor curso, ou o melhor negócio. sem saber ao certo se realmente é aquilo que a gente gosta. E eu, caí nessa. Cursei Farmácia, veja só, Farmácia, durante 4 anos, onde descobri que estava tentando vender jiló.

Por isso eu digo, não venda jiló. Mas se deparar vendendo, busque o mais rápido possível encontrar o que realmente está de acordo com o seu perfil. Seja no mundo dos negócios ou no lado pessoal.

O grande segredo do sucesso, é fazer aquilo o que realmente gosta, o que te dá prazer de acordar e ficar até o horário que for preciso. É o que te move, o combustível da sua vida, dos seus sonhos e da busca pelas realizações. É o que vai te dar prazer em matar um leão por dia. É o prazer, que por consequência, vem o sucesso. E o sucesso, é saboroso, é gostoso. 

Portanto, o gosto do sucesso tem que ser saboroso. E se você não gosta de jiló, como vender algo que não é saboroso? 

A sua vida deve ser guiada por momentos deliciosos, não como o jiló, e sim de escolhas que te satisfaz, que te deixa pra cima. Por isso, o melhor negócio é simplesmente aquele que você se identifica, o negócio que com o singelo som do despertador, vai te  motivar. Que com qualquer mau-estar, nada irá te abalar para continuar adiante. 

Por isso, lembre-se, se o seu coração bater mais forte, esse é o melhor negócio. 

Lucas Moreira

segunda-feira, 16 de junho de 2014

NUNCA FECHE A PORTA

Uma mãe virou para o filho e disse: "Filho, nunca saia da casa dos seus amiguinhos sem um dia poder voltar. Deixe sempre as portas abertas". O menino sem entender, pergunta: "Mas mamãe, quando saio sempre tem alguém para fechar as portas".

Mesmo não compreendendo a mensagem naquele momento, esse menino terá consigo para o resto da vida, o significado verdadeiro dessa simples passagem. 

Vivemos em um mundo cada dia mais competitivo, mais corrido, mais tecnológico, impedindo a reflexão do nosso ser, das nossas atitudes. E muita das vezes tomamos certas decisões, que lá na frente pode nos prejudicar. Refletindo em consequências que, talvez, não poderá voltar atrás. 

É o homem de negócio, que com o seu espírito empreendedor, porém impaciente, quer ver o seu negócio dando resultado o mais rápido possível. Por isso utiliza de meios ilegais para gerar resultados positivos, conforme a sua expectativa. É a empregada doméstica que aproveita a facilidade de acesso para roubar algo da patroa, e colocar dentro da sua própria casa. São os políticos, que para se eleger e enriquecer em quatros anos, usa a corrupção para se satisfazer. São os trabalhadores, que ao saírem do seu emprego, se quer consegue passar em outra entrevistas, pois não tem referências profissionais confiáveis. Somos todos nós, que ao cometer injustiça, burlar a ética ou se corromper, não consegue uma porta aberta.

Eu mesmo, tenho alguns exemplos positivos. Em todos os empregos que passei, em todos os negócios que já fiz ou em contatos breves, sempre tive a sorte ou a educação da minha mamãe, para deixar as portas abertas.

O primeiro exemplo, de alguns que eu poderia aqui citar, é de uma empresa de cosméticos em que trabalhei, no qual fiquei apenas 3 meses. Essa mulher acabara de vender uma empresa também de cosméticos, para o que é hoje a maior empresa de proteína animal do mundo. Algo que temiam os meus colegas de profissão a respeitá-la, mas que na verdade era mais uma timidez diante de uma pessoa que é referência no segmento de cosméticos nacional. E eu, não tinha nada disso. Mandava e-mail para ela e para o diretores, apresentando novas ideias e notícias relevantes ao nosso negócio. E ao sair, por causa dos meus planos profissionais, tenho a felicidade de manter contato com ela, que seja por e-mail.

Outro exemplo bem interessante, foi quando entrei para o mercado de franquias, no qual permaneço, mas hoje com a minha empresa. O primeiro contato com franquias, foi nada mais nada menos do que com a maior holding de franquia multissetorial do Brasil, tendo como o seu fundador o empresário José Carlos Semenzato, que também fundou a Microlins, e vendido posteriormente. Sem dúvida foi uma experiência incrível profissional, e que carrego até hoje nos meus negócios. Mas, o engraçado é que os meus colegas de trabalho sempre me dizia da figura Semenzato, sendo esse fechado e arrogante. Mais uma vez, felicidade minha, consegui manter as portas abertas após eu trocar de emprego. A figura citada anteriormente, me surpreendeu. Onde encontro o Semenzato ele me trata super bem, sempre trocamos e-mails e até já sugeri novos negócios. 

Por último, e realmente foi a última experiência de portas abertas que tive, que foi também a última empresa em que trabalhei antes de montar o meu próprio negócio, é que apenas 4 meses eu ter saído dessa franqueadora - que por sinal já ficou entre as dez maiores em número de quiosques do Brasil, o proprietário me chamou para uma reunião em seu escritório. Chegando lá, ele queria me contratar novamente. Surpresa dele, apresentei a minha empresa. E surpresa minha, uma semana após a nossa reunião, ele me convidou para uma nova reunião, no qual o mesmo me convidou para ser sócio na minha empresa.

Deixar as portas abertas, nada vale se não conseguirmos usufruir de alguma forma. Um dia podemos precisar. Mas do que adianta se não tivermos preparados? 

Esteja preparado, nunca feche a porta, mantenha-a aberta.

Lucas Moreira