sexta-feira, 23 de maio de 2014

A DECISÃO DE ESCOLHER

Pensando que uma escolha pode gerar várias consequências futuras, nós, seres vivos e humanos, ficamos desconfortáveis quando nos deparamos com esses momentos de decisão. Normal. Afinal, sabendo que pode acarretar em algo negativo lá na frente, a barreira do pessimismo atrapalha tomarmos decisões importantes, adiando ou, certamente, impedindo realizarmos os nossos sonhos e conquistarmos os nossos objetivos.

Ao mesmo tempo, de fato, devemos pensar e analisar antes de tomarmos certas decisões, para minimizarmos os riscos. Porém, não podemos deixar o medo nos afastar do nosso propósito. O medo tem que ser preponderante, mas não pode ser uma barreira.  Seja na nossa vida particular, amorosa, social ou profissional, as escolhas sempre existiram e continuarão a existir. Elas são fundamentais para juntarmos cada peça do quebra-cabeça. Escolha errada, a peça não se encaixa, sendo assertivo, terá êxito.

Na vida pessoal nos deparamos com casais que não fizeram boas escolhas, resultando em separação. O emprego que não foi bem analisado, frustando as expectativas. O empresário que não fez um bom planejamento, jogando o investimento pelo ralo.

Levando em conta o empreendedorismo, temos um caso espetacular de má escolha, que é o caso do Eike Batista. No início parecia que tudo estava indo bem, com os seus planos mirabolantes, suas apostas até então incontestáveis, as escolhas a dedo de cada profissional que iria liderar cada companhia e, claro, o ego que deixou-o levar. Após cada decisão, analisando os resultados, observamos que nem tudo foi positivo. Conseguiu em pouco tempo errar em inúmeras decisões, resultando na queda do seu conglomerado. Eike, mesmo se equivocando nas suas estratégias, eu particularmente tiro o chapéu pela audácia e ousadia, que acredito que todos os brasileiros deveriam ter.

Na verdade, o brasileiro tem vontade de realizar boas escolhas. É o caso do médico, descendente de português, nascido no Brasil e que se aventurou no fast-food de comida árabe. Estou falando de Alberto Saraiva, dono do Habib's, que é a maior rede de fast-food brasileira e maior rede de comida árabe do mundo. Uma história extraordinária que tinha tudo para dar errado. Primeiro, ele era médico, e deveria viver fazendo consultas e plantões. Segundo, era descendente de português e nascido no Brasil. Neste caso, se fosse empreender, pensaríamos que deveria montar uma lanchonete de bolinho de bacalhau ou coxinha. Mas não, escolheu vender esfihas no país da feijoada. Realmente uma escolha como qualquer outra, porém, com sucesso.

Eu, por exemplo, já tive algumas escolhas importantes em minha vida. A primeira, foi no momento em que com 16 anos saí de casa, no interior do Espírito Santo, para poder fazer faculdade na capital. Alguns anos depois, larguei a faculdade para poder montar o meu primeiro negócio. Posteriormente, foi a minha mudança para São Paulo, em busca de objetivos mais relevantes, deixando o sonho de lado para poder trabalhar para outras empresas. E na busca do sonho, resolvi largar o mercado de trabalho para voltar a empreender e montar o meu segundo negócio. Esse que, sem dúvida, foi o mais desafiador, uma vez que o mercado precisava de profissionais da minha área, que é de franquias, onde escolhi por não aceitar as propostas de emprego, para caminhar em busca dos meus objetivos.

Nada é fácil, ainda bem. Pois o gosto da vitória não seria o mesmo. O mais importante é perguntar o que nos motiva, é decidir por qual caminho queremos prosseguir, onde queremos chegar, por qual motivo quero alcançar.

Dessa forma, independente da escolha do Eike, do Alberto ou do Lucas, o que vale é tomar a decisão e seguir adiante, nunca deixando as barreiras do medo nos bloquear.

Lucas Moreira

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